Clélio Meneses defende “especial arquitetura política” açoriana vista “sem incómodos”

Escrito por em 16/07/2022

O social-democrata açoriano Clélio Meneses defendeu hoje que a “especial arquitetura política” que suporta o Governo Regional PSD/CDS-PP/PPM, com acordos de incidência parlamentar com Chega e IL, deve ser olhada “com naturalidade” e “sem incómodos”.

“Temos de ter em conta a especial arquitetura política deste tempo, de um quadro político de diversidade parlamentar. Temos de ver isto com naturalidade, sem incómodos. É assim porque foi assim que o povo quis que fosse. É assim em vários países”, afirmou o também secretário Regional da Saúde do Governo Regional liderado por José Manuel Bolieiro.

O governante falava no 25.º Congresso Regional do PSD/Açores, o primeiro daquela estrutura que se realiza depois das eleições regionais de 2020, quando o PS foi o partido mais votado, elegendo 25 parlamentares, mas perdeu a maioria absoluta e a governação de 24 anos, depois de PSD/CDS-PP/PPM, que juntos representam 26 deputados, assinarem um acordo para formar governo, contando ainda com o apoio parlamentar de Chega, da Iniciativa Liberal e do deputado Independente (ex-Chega).

Clélio Meneses destacou que, atualmente, “a política não é a da tirania, do totalitarismo que o PS tinha”, elogiando Bolieiro pela “capacidade de ouvir” e pela “paciência adequada para conciliar as posições mais discordantes”.

“O PSD não é dono de tudo. Um partido é um meio de ação política em que todos são chamados a participar”, disse.

O social-democrata pediu o “contributo de todos” para o atual Governo Regional conseguir trabalhar para “uma Região mais livre e mais desenvolvida”, para “não voltar a tempos de dependentismo sombrio”.

O líder do PSD/Açores manifestou, na sexta-feira, convicção na estabilidade, “até 2024”, do mandato do Governo Regional, garantindo que está “para durar” o “diálogo democrático” da “coligação governativa “sólida” com o CDS-PP e o PPM.

“Sem maioria absoluta [nas eleições legislativas regionais de 2020], o desafio foi então, e é atualmente, e com tendência para durar, o do diálogo democrático, concertação, e coerência de princípios e valores sólidos da social-democracia, do humanismo e do reformismo, sob a liderança do PSD”, afirmou José Manuel Bolieiro, em Ponta Delgada, na sessão de abertura do 25.º congresso da estrutura partidária,

No primeiro congresso do PSD/Açores desde que assumiu a presidência do Governo Regional, pondo fim a 24 anos de governação socialista, Bolieiro garantiu que a ausência de maioria absoluta não impediu “uma coligação governativa sólida [com o CDS-PP e o PPM] – na convergência autonómica, doutrinária e ideológica”, nem uma “estabilização até 2024” com os acordos de incidência parlamentar.

José Manuel Bolieiro foi, no início de junho, eleito para um segundo mandato à frente do partido, alcançando 99% dos votos nas eleições diretas em que participaram 1.778 militantes.


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