Festival Violas do Atlântico XII a 13 e 14 de Julho

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Data: 13/07/2022
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Festival junta a viola da terra à viola amarantina em São Miguel

O Festival Violas do Atlântico, que decorrerá em julho, em São Miguel, Açores, juntará “pela primeira vez” a viola da terra à viola amarantina, dois instrumentos de arame portugueses conhecidos pelos seus dois corações no tampo, foi hoje anunciado.

Numa nota de imprensa a organização, a Associação de Juventude Viola da Terra, adianta que a XII edição do evento decorre entre 13 e 14 de julho, num ano em que se completa “a viagem musical por todas as violas de arame portuguesas”.

O evento inclui anualmente, por convite da organização, uma viola de arame de uma zona do país, para concertos em duo com a viola da terra, típica dos Açores.

Esses concertos em duo são “praticamente sempre inéditos”, destaca a Associação de Juventude Viola da Terra, fundada em dezembro de 2010 na Ribeira Quente (município da Povoação), com o objetivo de promover e valorizar o instrumento e os seus tocadores, desenvolvendo inúmeros eventos e cursos.

Os concertos são de entrada livre. O primeiro decorre no dia 13, no Centro Social e Paroquial da Ribeira Quente, pelas 21:00 locais (22:00 em Lisboa).

Em 14 de julho o concerto decorre no auditório da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, pelas 18:00.

Segundo a organização, este segundo concerto contará com participação especial da classe de conjunto de violas da terra do Conservatório Regional de Ponta Delgada.

Na viola da terra estará Rafael Carvalho, músico açoriano que se tem dedicado ao ensino e à divulgação do instrumento musical.

Rafael Carvalho, que preside também à Associação de Juventude Viola da Terra, tem seis álbuns a solo editados e três livros do seu “Método para Viola da Terra”.

O músico e professor está ainda a preparar um novo álbum comemorativo dos 10 anos da edição de “Origens”, o seu primeiro álbum a solo.

Na viola amarantina estará Ricardo Fonseca, executante de várias violas de arame portuguesas, sendo a viola braguesa “a primeira que aprendeu a tocar, há mais de duas décadas”, refere a organização do festival.

O músico “é também um apaixonado pela viola amarantina, a qual toca há já 16 ou 17 anos”.

Nos dois concertos, Ricardo Fonseca apresentará ainda peças do seu mais recente álbum, editado em 03 de junho e intitulado “Por rios e mares cinzelado…”.

O festival tem permitido “a valorização, promoção e revitalização das violas tradicionais”.

“É o segundo festival ligado à viola de arame mais antigo do país”, destaca a organização.

A viola da terra teve origem no século XVIII e “sobreviveu graças ao povo”. Tem a caixa em forma de oito e tem 12 cordas: três ordens duplas (seis cordas mais agudas organizadas aos pares) e duas ordens triplas (outras seis cordas graves e organizadas em conjunto de três).

O instrumento é também conhecido como viola de arame ou viola de dois corações, sendo semelhante ao violão, mas de dimensões mais pequenas.

No passado, a viola da terra fazia parte do dote do noivo e o seu lugar na casa durante o dia era em cima de uma colcha axadrezada, como adorno do quarto do casal, assumindo, desde o povoamento do arquipélago, um lugar de destaque nos festejos, bailes, cantorias e serões.

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