FC Porto impiedoso vence grupo e afasta Atlético de Madrid da Europa

Escrito por em 01/11/2022

O FC Porto finalizou hoje o Grupo B da Liga dos Campeões de futebol na liderança, ao impor-se 2-1 na receção ao Atlético de Madrid, que ficou arredado da continuidade nas provas europeias, em encontro da sexta jornada.

No Estádio do Dragão, no Porto, o iraniano Mehdi Taremi (cinco minutos) e o canadiano Stephen Eustáquio (24) marcaram para os ‘azuis e brancos’, que ainda sofreram um golo na própria baliza do espanhol Iván Marcano (90+5), sem beliscarem uma tarde imperial.

Ao beneficiar do empate do Club Brugge na casa do Bayer Leverkusen (0-0), o FC Porto, que tinha garantido na semana passada a 13.ª presença da sua história nos oitavos de final, subiu ao topo da ‘poule’, com 12 pontos, um acima do tricampeão belga, segundo, que também vai estar no sorteio da próxima fase, mas sem estatuto de cabeça de série.

Os ‘dragões’ lograram a 20.ª vitória em 40 encontros na ‘Champions’ sob orientação de Sérgio Conceição e passam a encaixar 60,317 milhões de euros (ME) pelo desempenho na edição 2022/23 da prova, que iniciou com duas derrotas, seguidas de quatro vitórias.

Num dos períodos mais vulneráveis da ‘era’ Diego Simeone, os espanhóis do Atlético de Madrid desceram ao quarto e último lugar, com os mesmos cinco pontos dos alemães do Bayer Leverkusen, terceiros, ficando afastados da Liga Europa devido à vantagem no confronto direto, quase um ano após terem sido ‘carrascos’ do FC Porto da ‘Champions’.

Três dias depois do empate ante o Santa Clara (1-1), na I Liga, Sérgio Conceição mudou três titulares, com Iván Marcano e Marko Grujić a entrarem para os lugares de David Carmo e Matheus Uribe, ambos suspensos, e Stephen Eustáquio a render Bruno Costa, por opção técnica.

Ainda a tendência estava indefinida e o FC Porto já se adiantava logo ao quinto minuto, quando Pepê lançou na direita Evanilson, que cruzou rasteiro na área para a emenda de Mehdi Taremi, que voltou a marcar na prova, após ter ‘bisado’ em Leverkusen e Bruges.

Esse madrugador revés abalou a estratégia da equipa de Diego Simeone, que devolveu ao ‘onze’ o internacional luso João Félix nove jogos depois, mas mostrou-se incapaz de bater a organização pressionante dos campeões nacionais e foi castigada em contrapé.

Aos 13 minutos, Jan Oblak ainda evitou o 2-0 aos pés de Galeno, que, aos 24, ganharia protagonismo, ao impor-se no duelo com Stefan Savić na esquerda para assistir o ‘tiro’ certeiro de Eustáquio, eternizado como o 1.000.º tento dos ‘azuis e brancos’ no Dragão.

Um ‘disparo’ frouxo de Rodrigo de Paul à figura de Diogo Costa, aos 32, exemplificou a sofreguidão do Atlético de Madrid, que se sujeitou a novo contratempo a oito minutos do intervalo, não fosse Oblak defender com o pé uma jogada coletiva finalizada por Otávio.

Com o ‘nulo’ verificado ao intervalo em Leverkusen, os ‘dragões’ subiam virtualmente à dianteira da ‘poule’ e os ‘colchoneros’ ficavam arredados das provas europeias, cenário insuficiente para inverter o rumo do jogo e atormentar o controlo inabalável do FC Porto.

Entre a saída por lesão de Zaidu, após choque com Savić, Taremi testou Jan Oblak, aos 51 minutos, e Evanilson atirou alto quando seguia isolado, aos 62, agudizando a apatia dos espanhóis, que voltaram a tentar inofensivamente de longe por João Félix, aos 60.

O avançado seria substituído instantes depois e viu a partir do banco Antoine Griezmann introduzir o esférico na baliza dos ‘dragões’, num lance precedido de falta de Rodrigo de Paul sobre Galeno, que ‘aqueceu’ os ânimos à entrada para os derradeiros 20 minutos.

O avanço do relógio favoreceu um ritmo alucinante na área visitante, com Oblak a suster um cabeceamento de Evanilson (74 minutos) e remates quase seguidos de Taremi e do recém-entrado Wendell (82), intercalados por um ‘raide’ desenquadrado de Galeno (75).

No extremo oposto do campo, Diogo Costa ia ampliando uma campanha memorável na ‘Champions’ com intervenções diante de Ángel Correa (74 minutos), Griezmann (86) e Yannick Carrasco (90+2), cujo canto na esquerda originou um infeliz desvio de Marcano (90+5) para o único golo do finalista vencido da prova em 1973/74, 2013/14 e 2015/16.


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