IL/Açores diz que privatização da Azores Airlines não pode esperar por 2025

Escrito por em 05/07/2022

O deputado da IL/Açores defendeu hoje que o Governo Regional deve “fechar ou vender” a Azores Airlines (responsável pelas ligações aéreas com o exterior), considerando que a privatização é uma “prioridade política” que “não pode esperar” por 2025.

Em comunicado, Nuno Barata lamenta as afirmações do líder do executivo açoriano, José Manuel Bolieiro, que deixou hoje uma “palavra de reconhecimento” e “gratidão” aos trabalhadores da SATA, que realizaram “sacrifícios” para “salvar a empresa”.

“Mais do que cortar nos ordenados dos funcionários e agradecer os sacrifícios que todos têm feito pela empresa, o que o Governo Regional deve fazer é fechar ou vender a SATA Internacional [Azores Airlines]”, afirma o deputado liberal.

Nuno Barata insiste que a privatização da Azores Airlines, que já está prevista no Plano de Reestruturação do grupo aprovado pela Comissão Europeia, “não pode esperar” por 2025.

“[A privatização] não pode esperar para 2025, como se prepara o Governo Regional para fazer. […] A venda ou encerramento da Azores Airlines deve ser uma prioridade política a concretizar até ao fim desta legislatura”, defende.

Juntamente com o Chega e o deputado independente Carlos Furtado (ex-Chega), a IL é um dos partidos que suporta parlamentarmente o Governo dos Açores de coligação PSD/CDS-PP/PPM.

Considerando a SATA “o mais importante instrumento de desenvolvimento e coesão regional”, Nuno Barata lembra que os trabalhadores da companhia aérea sofreram três cortes salariais na última década.

“Não são os trabalhadores que têm de fazer sacrifícios. É o Governo, enquanto acionista, que tem de fazer o seu trabalho e não o tem feito. O mais fácil é pedir sacrifícios aos trabalhadores. O mais difícil é tomar as decisões corajosas e certas para garantir o futuro”, afirma.

O liberal realça ainda que a SATA está a “pagar tão mal” que “já ninguém quer ir trabalhar para a empresa”, uma vez que “este verão foi o cabo dos trabalhos para encontrar funcionários”.

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, deixou hoje uma “palavra de reconhecimento” e “gratidão” aos trabalhadores da SATA, que realizaram “sacrifícios” para “salvar a empresa”, e enalteceu a “paz social” na reestruturação da transportadora aérea.

Em declarações à agência Lusa e à Antena 1, o líder do executivo açoriano reagiu ao anúncio de que 100 trabalhadores já saíram da companhia aérea SATA desde que foi lançado o primeiro programa de rescisões, em 2020, estando previstas mais 50 saídas até final de 2023.

Na segunda-feira, o presidente da SATA, Luís Rodrigues, revelou que cerca de 100 trabalhadores já saíram da companhia desde que foi lançado o primeiro programa de rescisões, em 2020, e que outros 50 funcionários deverão sair até final de 2023.

Luís Rodrigues adiantou ainda que a reestruturação do grupo contempla uma redução de 10% nos salários, mas não prevê despedimentos coletivos, e destacou que a administração está em “contacto permanente com os sindicatos”.

Em 07 junho, o presidente do Governo dos Açores confirmou que a Comissão Europeia colocou como “exigência” a privatização até 51% do capital social da Azores Airlines, defendendo que tal “pode ser uma virtude”.


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