Presidente do Governo dos Açores pede resiliência perante “futuro próximo difícil”

Escrito por em 24/12/2022

O presidente do Governo dos Açores apelou hoje, na mensagem de Natal, à “resiliência” dos açorianos, “um povo de fibra e sobreviventes natos”, alertando que “o futuro próximo será difícil”, devido à crise económica.

“O futuro próximo será difícil ainda. Importa ter consciência disso. Mas importa também ter a coragem, sentido humanitário e humildade para contribuir para mudar esta tendência e trabalhar para uns Açores melhores. […] Também em 2023 se impõe um apelo à nossa resiliência, ao nosso trabalho e capacidade de superação. A todos desejo que 2023 seja um ano de felicidade, convicto de que cada um de nós fará a sua parte e isso fará toda a diferença”, observou o social-democrata, numa mensagem disponibilizada pelo executivo PSD/CDS-PP/PPM.

José Manuel Bolieiro lembrou que se vive “a maior crise sanitária dos últimos 100 anos, o maior conflito bélico dos últimos 70 anos na Europa e a maior crise inflacionária dos últimos 20 anos”, pelo que afiguram “desafios difíceis”.

“Importa que todos tenhamos consciência e realismo quanto a estes factos mundiais e europeus nas nossas vidas”, disse.

O chefe do executivo sublinhou que “os preços sobem e os rendimentos diminuem, com a crise económica”, e notou que “a resiliência é, associada à solidariedade, fundamental para a sobrevivência”.

“Os açorianos são povo de fibra e sobreviventes natos. Acredito que vamos ultrapassar as dificuldades”, afirmou.

O Governo Regional, explicou, não pode “resolver tudo, num só instante e por decreto”.

“Mas também é verdade que só juntos poderemos dar, com sucesso, no ano que se aproxima, passos firmes para construir soluções no sentido de minorar as consequências destas dificuldades com que se têm deparado as famílias açorianas e a economia também”, sustentou.

Reconhecendo “as dificuldades, principalmente das famílias mais vulneráveis, agora com o aumento da inflação e das taxas de juro”, Bolieiro referiu que, “ao longo dos últimos tempos, e também para o próximo ano, estão adotadas medidas com o objetivo de aliviar os encargos sociais e fiscais das famílias”.

O objetivo é garantir maior proteção social a quem está em especial fragilidade, procurando dar apoio às crianças, aos jovens, aos idosos, às famílias, às pessoas com necessidades especiais, à invalidez e à reabilitação, à pobreza e à exclusão social.

Apesar de reconhecer que “estes e outros apoios não resolvem, na sua totalidade, os problemas e as dificuldades sentidas”, o executivo acredita que “são um contributo de grande importância para as açorianas e açorianos num contexto complexo e exigente”.

Bolieiro deixou um “compromisso para com todos”, de “servir as pessoas com responsabilidade e solidariedade, particularmente nos tempos mais difíceis”, considerando que esta é a forma de honrar a função do Estado, do político e da democracia.

No seu entender, “a paz é necessária e urgente, como garante de felicidade, liberdade e prosperidade dos povos”, com respeito pela igualdade de direitos entre todos.

“Todos os dias temos sido tomados por imagens que nos angustiam, que demonstram a grande destruição e desolação que a guerra impõe aqui tão perto de nós. O nosso coração também está com essas vítimas dos senhores da guerra. E devemos ser solidários com aqueles que precisam do nosso apoio e honrar aqueles que, em missão, buscam a paz na Europa e no mundo”, indicou.

 

Mensagem de Natal do Presidente do Governo Regional dos Açores – José Manuel Bolieiro

Açorianas e Açorianos,

É com amizade e responsabilidade que me dirijo a cada um nesta época festiva de Natal e de Ano Novo.

Com o Natal renovamos a esperança, a fé e a solidariedade, que o renascimento do Menino Jesus inspira.

Momento para vivenciarmos, em proximidade, em família e em comunidade, esta época de partilha, de união e de amor.

De partilharmos o melhor de nós, para juntos podermos empreender um amanhã melhor, transformando os desafios que nos surgem em oportunidades.

De unidos melhor nos ajudarmos uns aos outros, especialmente aqueles que são mais frágeis.

De fazermos da responsabilidade, do amor, compromissos, de essência e de verdade, que nos fortaleçam.

O que há de maior partilha é o amor, como diz o filósofo Bauman: “amar é contribuir para o mundo, cada contribuição sendo o traço vivo do eu que ama”.

Estes últimos tempos da nossa vida coletiva têm sido muito difíceis em quase tudo e para todos.

Temos sido resilientes e compreensivos.

Estamos a viver a maior crise sanitária mundial dos últimos 100 anos, o maior conflito bélico dos últimos 70 anos na Europa e a maior crise inflacionária dos últimos 20 anos.

Importa que todos tenhamos consciência e realismo, quanto a estes factos mundiais e europeus nas nossas vidas.

Não podemos resolver tudo, num só instante e por decreto.

Mas também é verdade que só juntos poderemos dar, com sucesso, no ano que se aproxima, passos firmes para construir soluções, no sentido de minorar as consequências destas dificuldades, com que se têm deparado as famílias açorianas e a economia também.

Reconhecemos as dificuldades, principalmente das famílias mais vulneráveis, agora com o aumento da inflação e das taxas de juro.

Ao longo destes últimos tempos, e também para o próximo ano, estão adotadas medidas com o objetivo de aliviar os encargos sociais e fiscais das famílias, garantindo maior proteção social aos que se encontram numa situação de especial fragilidade, promovendo as necessárias respostas de apoio à infância, aos jovens, aos idosos, às famílias, às pessoas com necessidades especiais, à invalidez e à reabilitação, à pobreza e à exclusão social.

Conscientes de que estes e outros apoios não resolvem, na sua totalidade, os problemas e as dificuldades sentidas, mas acreditando que são um contributo de grande importância para as açorianas e açorianos num contexto complexo e exigente.

São desafios difíceis, os que temos todos juntos de ultrapassar.

Um desejo para 2023, e um compromisso para com todos.

Servir as pessoas, o Povo, com responsabilidade e solidariedade, particularmente nos tempos mais difíceis, como é o caso que vivemos.

É assim que honramos a função do Estado, do Político e da Democracia.

Temos todos de contribuir, diariamente, com competência e a dedicação do nosso trabalho, para superar este tempo de sacrifícios especiais, que atingem todos.

Tudo tem concorrido para aumentar as dificuldades.

A crise da saúde pública, com a pandemia, a guerra, a crise económica, a pobreza e o sofrimento das vítimas da guerra.

A paz é necessária e urgente, como garante de felicidade, liberdade e prosperidade dos povos, no respeito pela dignidade da pessoa humana e na igualdade de direitos entre todos os seres humanos.

Todos os dias temos sido tomados por imagens que nos angustiam, que demonstram a grande destruição e desolação que a guerra impõe aqui tão perto de nós.

O nosso coração também está com essas vítimas dos senhores da guerra.

E devemos ser solidários com aqueles que precisam do nosso apoio e honrar aqueles que, em missão, buscam a paz na Europa e no mundo.

Assim como a guerra, a paz é uma escolha humana possível, na qual devemos ter esperança.

Pedir por ela. Ajudar no seu alcance.

Açorianas e Açorianos,

Que este dia tão especial, em cada uma das nossas ilhas e na nossa diáspora, espalhada pelo mundo, seja um momento de encontro, de celebração de memórias e vivências, costumes e tradições, que tão bem nos caracterizam e identificam enquanto povo açoriano.

O futuro próximo será difícil ainda. Importa ter consciência disso.

Mas importa também ter a coragem, sentido humanitário e humildade para contribuir para mudar esta tendência e trabalhar para uns Açores melhores.

Em 2022 as açorianas e açorianos foram resilientes.

Não tivemos facilidades. A natureza colocou-nos perante uma experiência de ansiedade tão intensa em São Jorge, à qual felizmente soubemos reagir.

As intempéries colocam-nos sempre perante tanta incerteza quanto ao normal da nossa vida, em cada ilha, com acessibilidade e abastecimento de bens essenciais.

Os preços sobem e os rendimentos diminuem, com a crise económica.

Sabemos que a resiliência é associada à solidariedade, fundamental para a sobrevivência.

Os açorianos são Povo de fibra e sobreviventes natos!

Acredito que vamos ultrapassar as dificuldades.

Quero dirigir um abraço amigo a todas as famílias.

Aos nossos emigrantes, que além-fronteiras nos engrandecem um abraço fraterno.

Também em 2023 se impõe um apelo à nossa resiliência, ao nosso trabalho e à nossa capacidade de superação.

A todos desejo que 2023 seja um ano de felicidade.

Convicto de que cada um de nós fará a sua parte e isso fará toda a diferença.

A todos, Um Santo e Feliz Natal.

Feliz Ano Novo!

Com saúde e esperança!


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